O Concretismo Vanguardista

By | 14:33 Leave a Comment
            No final dos anos 1950, uma revista chamada “Noigandres” (que vem de um erro ortografico de um poema do Arnaut Daniel) foi lançada e tornou-se o marco incial da poesia concreta. Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos foram quem conceberam a ideia da revista, e posteriormente José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo também se juntaram ao grupo.
                O concretismo poético se caracteriza, principalmente, pela  incorporação dos aspectos visuais á poesia. Como podemos ver nesse poema de Augusto de Campos.
                A utilizaçao das formas acrescenta uma beleza visual estética da poesia, além da subjetividade, e, com isso, surgem alguns pontos cruciais ao movimento, como a eliminação dos versos, a exploração da sonoridade, visualidade e campo semântico das palavras, suas disposiçoes no papel em branco, sua descontrução e etc.
                Grande influenciador da Poesia Digital, o concretismo é bastante utilizado atualmente na comunicação visual e integração com outras áreas de artes.
                José Luiz Antonio, pesquisador da PUC SP, diz “A conformação da palavra à imagem digital passa por um processo que pode se apresentar resumidamente como a palavra à procura da imagem, semelhante ao conceito que Roland Barthes denominou de função utópica da literatura: a palavra tem a intenção de se tornar o ser ou o objeto que ela representa.” (p. 5, 2001)

                Pode-se considerar que a diferença entre o digital e o concreto é a presença forte do minimalismo,  simplismo e a virtualização de poemas e poesias. Mesmo que ainda seja um movimento atual e relativamente novo, a Poesia Digital é algo que vem “revolucionando” o jeito de fazer arte.

    Por Murilo Plenas em 10-10-16

Para você que acompanha as nossas postagens, confira também nossas redes sociais!
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

0 comentários: